Faço o que amo, amo o que faço!!!

28 de set. de 2014

Dia especial.....

 Hoje foi um dia muito especial pra mim.

 Há 6 anos atrás, subi nesse palco pela última vez.


 Hoje, ao chegar para a passagem de som me emocionei lembrando de todas as vezes que meus pés tocaram esse palco.

 Minha primeira vez num palco, foi neste palco!

 Esse teatro faz parte da minha história. As aulas era realizadas nessa sala:


 Um projeto de inclusão social, pelo qual passaram cerca de 500 meninas em situação de risco. Sem qualquer pretenção financeira, as que tinham um pouco mais de condição financeira contribuíam, quando podiam, com uma pequena taxa para que todas pudessem se apresentar e ter seus trajes e acessórios. As que não podiam contribuir com dinheiro, ajudavam de outras formas. nas aulas, umas ajudavam as outras com os movimentos, com os trajes, maquiagem, bordados, literatura e músicas para estudo... no nosso auge, atendemos 120 meninas de 7 a 16 anos, divididas em 3 turmas com 40 alunas cada. As aulas aconteciam todo domingo pela manhã.

 Esse era o nosso mascote!



 O leão deitado, símbolo da cidade de Rio Claro, minha cidade natal.

 Comentei com uma companheira de dança da época, que fiquei triste por não ter tirado uma foto ao lado dele pra fazer um antes/depois! rs

 Besteira ou não, ele estava lá todo domingo "protegendo" as alunas do Projeto Luz do Oriente.


 E hoje, esse foi o meu retorno a esse palco que faz parte de minha história como dançarina, faz parte de mim!






25 de set. de 2014

O poder da Dança



 Imagine um ambiente inóspito. Cheio de pessoas diferentes. De mulheres diferentes. Vindas de toda parte do estado.

 Imaginou?

 Tenho certeza que o cenário que você imaginou não é um Centro de Ressocialização Feminino.

 É?

 Não, né?

 Pois é... nesse ambiente singular, a Dança do Ventre entrou. 

 Ano passado, uma amiga foi convidada a levar para mulheres detentas, uma forma de elevar sua auto estima, de aprender a se valorizar e se respeitar. Ao longo desse ano, em encontros semanais de 1 hora, ela levou seus conhecimentos praquelas mulheres. De diferentes idades, ideais, realidades, mas que tinham em comum a admiração pela Dança do Ventre.

 Passei a acompanhar essa amiga ha alguns meses. E conversando tentávamos não só ensinar os passos, a coreografia, os elementos e instrumentos... tentávamos trazer pra realidade delas um pouco mais de alegria.

 Você pode perguntar se era difícil, pelo ambiente, pelo "tipo" de pessoa que estava lá dentro e, a resposta que tenho pra dar é que o mais difícil é a falta de uma sala com espelho na parede pra fazermos as aulas e ensaios. Tudo é feito no pátio, de cimento no chão, com rádio emprestado, dividindo o espaço com as não alunas que estavam trabalhando. No mais, o comum que vemos em toda escola de dança: alunas que começam mas que não continuam, faltas, desânimos, exageros, tietagem, impaciência e as vezes desentendimentos entre as alunas por causa da cor do traje ou da escolha da música.

 Ontem, fizemos uma apresentação no CR. Várias pessoas de fora da instituição foram convidadas e compareceram.

 Choveu, molhou parte do pátio, o início teve que ser atrasado... o nervosismo das meninas por ser a primeira apresentação... maquiagem, ajuste nos trajes e frio na barriga... todos os que já subiram num palco sabem o que são essas sensações!

 Preparação antes de entrar.... todas de mãos dadas, algumas palavras da professora e minhas (assistente), principalmente motivadoras e de agradecimento!

 Cada uma sabe o porque de estar ali, não no CR,não detidas por terem feito algo contra a lei, mas prestes a se mostrarem como bailarinas, como mulheres lindas que são!

 A música começa! vamos entrando em fila até chegarmos ao palco e dançamos. Quando terminou a coreografia, as alunas pedem pra que fiquemos no palco. Começa uma nova música e elas dançam, uma coreografia criada por elas, de surpresa para as professoras! Que, ficam embasbacadas, de queixo caído!!!

 Para a coreografia, a professora escolheu uma música moderna, trabalhamos com véus, coisa simples. 
 
 Para a nossa surpresa, elas escolheram uma rotina clássica, de 7 minutos. Com taksim, com variações.... uma música que eu nunca teria dançado com menos de 2 anos de aula. 

 Mas foi o que elas fizeram. 

 Algumas tem apenas 3 meses de aulas. Menos até... e criaram uma coreografia!

 Sem sala de aula, sem espelhos nas paredes, com poucos recursos materiais, mas com muitos recursos emocionais!

 Khralissa disse que foi a homenagem mais linda que ela recebeu de alunas.

 Pra mim, foi a prova que Deus está presente até mesmo onde muitos acham que ele não entra. E o orgulho, não só de poder ensinar a elas a beleza da Dança Oriental, mas delas entenderem que o principal é a união de um grupo, o respeito pelas diferenças de cada uma para que a apresentação delas desse certo! E o principal!!!! que elas se divertissem dançando!

 Obrigada às alunas do Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro, por mostrar que mesmo entre as paredes do CR, a alma é livre e a felicidade e bom humor são o que valem!

 Obrigada Deus, por me permitir participar da vida dessas mulheres!

Bjs
Namastê
Si Nefertari

16 de set. de 2014

E daí que ele é namorado/marido de professora de Dança do Ventre?!

Bom dia!!!

 Ontem estava lembrando de algumas ocasiões em que estive com meu marido, e em que encontramos algumas pessoas, amigos (as) dele que não o viam já há algum tempo.

 Quando rola aquele interrogatório de "o que você faz", "de onde é", "do que gosta"  e respondo que sou professora de Danças Orientais, aparece o ponto de interrogação gigante na cara! rs

 Aí explico, que a Dança do Ventre está incluída nesse estilo (se é que posso chamar de estilo e por favor me corrijam se não puder!) junto com folclore árabe e coisa e tal, na hora olham pro meu marido e dizem: "Que sorte a sua hein?"

 E ontem, me lembrando desses episódios que acontecem já ha bastante tempo (afinal, estamos juntos ha 10 anos), fico pensando que as pessoas nos veem, nós, professoras e dançarinas de Dança Oriental, como as mega stars do sexo! rs quando na verdade somos apenas mulheres, que tem suas fases boas e não tão boas no desejo e apetite sexual! (afinal, temos hormônios como todas as outras e eles nos deixam doidas em certas datas!!! rs).

 É engraçado como uma expressão de admiração pelo o que o outro faz pode ter sentido ambíguo.

 E depois... por que "sorte a dele"? e eu?  (rs olha a inveja!!! kkkk) O meu trabalho não é lindo, mas ele tem sorte por eu ser professora de dança? Coitadas... se soubessem que eu nunca dancei pra ele....

 Já aconteceu com você? Conte como foi!! ;)

Bjs
Namastê
Si Nefertari